BALNEÁRIO
Mãe de gestante denuncia demora pra liberação de cesárea no Ruth Cardoso
Coordenadora do centro obstétrico alega que gestante teve todo o acompanhamento e a cirurgia foi no momento correto
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
A mãe da gestante Bruna Santos procurou o DIARINHO para relatar o sofrimento que a filha passou nos dias em que antecederam o nascimento do neto. Ela conta que na sexta-feira da semana passada, mãe e filha foram para o hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, com um encaminhamento médico para a cesariana.
A gestante estava com 40 semanas e sentido dores. No hospital, contudo, elas foram orientadas a voltarem para casa.
No dia seguinte, as duas voltaram ao hospital, porque as dores e a preocupação com o está-gio avançado da gravidez eram grandes.
De acordo com o relato da mãe, a gestante passou 24 horas no hospital agonizando de dor.
Na madrugada de domingo, por volta das cinco horas da manhã, a mãe da grávida, já desesperada com a situação, teria dito aos funcionários do hospital que pretendia chamar a polícia para que a filha desse à luz ao bebê através de uma cesariana.
Depois disso, um médico do Ruth Cardoso teria examinado a gestante e afirmado que, de fato, seria necessária a realização de uma cirurgia. “Deixaram passar três dias para dizer que ela ia pra cesárea. Além do sofrimento, podia ter acontecido alguma coisa com o neném,” acredita a mãe.
O procedimento foi realizado no domingo. Às 11h30 de segunda-feira, a gestante e o bebê já tiveram alta.
Protocolo
Tatiana Jesus de Assis, coordenadora do centro obstétrico do Ruth Cardoso, informou que gestantes que chegam na 40ª semana de gestação são encaminhadas pelos postinhos para fazer uma avaliação e acompanhar o nascimento da criança. “Com a Bruna não foi diferente. Quando o médico encaminha, às vezes, a gestante entende que é para realizar a cesariana, mas não é. A decisão do nascimento é dos plantonistas que estão no hospital, no atendimento à gestante”, informou Tatiana.
Após a primeira consulta, Bruna foi orientada a voltar pra casa e retornar quando tivesse mais contrações ou em sinal de alerta. “Ela sentiu mais dores e retornou ao hospital, ficando internada de sábado para domingo. Ela já tinha de cinco para seis centímetros de dilatação e estava entrando em um processo natural do nascimento”, explica.
No decorrer do trabalho de parto, a situação não evoluiu e no domingo de manhã a médica decidiu fazer a cesariana. O hospital informou que a cesárea da Bruna aconteceu no tempo correto e oportuno. Todas as informações, até a alta médica, estão no prontuário da gestante. Bruna deixou o hospital 36 horas depois do parto.