O empresário André Aranha, acusado pela blogueira e digital influencer Mariana Ferrer de estupro, foi absolvido nesta quarta-feira pela justiça catarinense. O caso aconteceu em dezembro de 2018 no beach club Café de la Musique, em Florianópolis, e desde então, a menina vinha pedindo pelas justiças a condenação do empresário pelo crime de estupro. O juiz Rudson Marcos, da 3ª vara criminal de Florianópolis, acatou a alegação final do Ministério Público. A defesa defendeu que as denúncias eram improcedentes e o ministério público concordou com a tese, confirmada pela justiça. O advogado do empresário, Cláudio Gastão Filho, disse que Mari usou o Instagram, por onde contava detalhes do caso, “para criar inverdades e sustentar a falsa narrativa”. A menina relatou por diversas vezes que não se lembrava de alguns detalhes da noite em que tudo aconteceu porque, segundo ela, foi drogada com algo que teriam colocado em sua bebida. Os laudos periciais não apontaram indício de drogas no organismo de Mari, segundo apurou a justiça. Segundo o promotor de Thiago Carriço de Oliveira, a investigação também não encontrou provas que confirmassem a denúncia de estupro. O inquérito teve 3000 páginas. Foram ouvidas 22 testemunhas, sendo cinco delas ouvidas mais de uma vez. Exames físicos, de sangue, urina, roupas, papiloscópico e de DNA também foram feitos pela perícia. Voz calada nas redes sociais No último dia 19 de agosto, a conta do Instagram de Mariana Ferrer foi tirada do ar depois de uma decisão judicial. Foi a própria Mari quem contou sobre o ocorrido, via Twitter. Ela publicou um print do e-mail que recebeu, quando foi informada do bloqueio. O pedido de remoção foi feito pela defesa de André. “Não basta ser vítima de violência contra mulher, o homem que foi indiciado e denunciado pelas autoridades por estupro de vulnerável entrou na justiça para remover minha conta do Instagram e silenciar a única voz que tenho para lutar por justiça”, escreveu. As denúncias por meio da rede social começaram em maio de 2019. Desde então, ela publicava mensagens, imagens e outras imagens que alega serem provas do que alegava ser um estupro numa sala privada do Beach clube. Segundo ela, o empresário a estuprou depois de colocar alguma substância na sua bebida. A advogada de Mariana ainda não informou se vai dar entrada com recursos nas instâncias superiores.