Matérias | Entrevistão


Itajaí

Aldo José Corrêa

Farmacêutico há 63 anos

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



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Raio X

Nome: Aldo José Corrêa

Natural: Itajaí



Idade: 76 anos

Estado Civil: separado

Filho: dois


Formação: farmacêutico provisionado pelos anos de trabalho

Trajetória profissional: farmacêutico há 63 anos; proprietário da farmácia Corrêa há 48 anos; ex-tesoureiro da sociedade da Vila; membro do Conselho Deliberativo do Marcílio Dias desde 1953; homenageado na câmara de vereadores e na associação Comercial de Itajaí pelos serviços prestados à sociedade.

Eu acho que a farmácia deve ser mais humana”

farmácia Corrêa completou 48 anos de atendimento ao público, em Itajaí, neste mês de junho. Aldo Corrêa, farmacêutico provisionado,  mantém há quase meio século a essência do sucesso do estabelecimento: atendimento personalizado, carinho e proximidade com a clientela, muitas vezes considerada da “família”. Neste Entrevistão à jornalista Franciele Marcon, Aldo contou como iniciou a carreira na extinta Farmácia Popular, na rua Hercílio Luz, e se “livrou” da árdua vida de pedreiro. Ele faz críticas ao modelo de farmácias atual, pois considera um estilo “supermercado”: o cliente pega o quer na prateleira e depois vai embora. Também falou da paixão pelo Marcílio Dias e porque sempre se negou a enveredar à política. Não deixou de citar o que faria se fosse Ministro da Saúde, como o DIARINHO sugeriu em uma divertida brincadeira nas redes sociais que rendeu milhares de curtidas e comentários Brasil afora. Seu Aldo, aos 76 anos, recém recuperado de um câncer e de um infarto, resume a vida dedicada ao trabalho: “minha profissão é minha cachaça. Se eu ficar longe, eu morro.” As fotos são de Fabrício Pitella.

Eu acho que hoje o ramo de farmácia virou um comércio."


DIARINHO – O senhor começou no ramo farmacêutico há 63 anos, ainda adolescente. Como foi esse início?

Aldo Corrêa: É uma história grande isso aí... Meu pai era pedreiro e estava fazendo uma reforma na Farmácia Popular e eu ajudava. Depois a filha do proprietário, do seu Pedro Ivo, começou a colocar na cabeça do meu pai para eu aprender outro ofício, que era muito pesado o serviço de pedreiro. Meu pai aceitou. E eu fiquei trabalhando até os 18 anos. Saí quando completei 18 anos e fui trabalhar na Drogaria Catarinense. Eu comecei de calça curta. Naquele tempo que farmácia era farmácia. Não é como hoje. Hoje é um comércio. Hoje eles não dão a atenção necessária a um paciente, é pega lá, dá cá. É como num supermercado, tu vais lá, tchau, obrigado e tal. Não tem aquela atenção que a pessoa vai com um membro da família, uma criança doente. Hoje 99% das farmácias não aplicam mais uma injeção. É um caos! Eu acho que a farmácia deve ser mais humana. É um apoio muito forte para os médicos. Porque é desagradável você ir à farmácia, havia a receita à injeção, chega na hora eles te vendem a medicação e não concluem. Dizer assim: “injeção nós não fizemos”. Como se diz?  Te vira. A pessoa com um filho com febre, tá entendendo? E não ter o respaldo necessário da farmácia. E eu acredito que daqui mais uns tempos, que eu tenho outras pessoas que fazem o que eu faço, mas daqui mais uns anos vai acabar. Farmácia vai ser igual supermercado. Não vê uma pressão, não vê uma febre. Eu tenho hoje aqui em Itajaí, graças a Deus, apoio de muitos médicos. Atendo ali, o que eu vejo que está fora da minha capacidade, eu indico o médico. Eu acho que hoje o ramo de farmácia virou um comércio. Essas grandes redes, eles não querem saber, simplesmente querem vender o remédio e tchau. Nós não, nós somos do tempo, como eu conheci em Itajaí, o doutor Heitor Liberato, Gregório Rubineck, Pedro Ivo, onde eu iniciei. A farmácia, a pessoa tinha um lugar para sentar, para aguardar, então era uma família, no caso. E isso está se perdendo...

 Hoje 99% das farmácias não aplicam mais uma injeção. É um caos!"

DIARINHO – O senhor é proprietário da farmácia Corrêa há 48 anos. Ela sempre foi na rua Olímpio Miranda Júnior, no centro de Itajaí, ou já passou por outros endereços?


Aldo Corrêa: O início foi na rua 15 de Novembro, no prédio do seu Jacó Mussi, meu grande amigo. Acho que fiquei ali até 1986. Dali eu me mudei pra rua Olímpio Miranda Junior, no edifício Francisco Eduardo, e até hoje estou ali.

DIARINHO – Ano passado, pela primeira vez em décadas, o senhor teve que fechar a farmácia repentinamente pelo problema do rompimento de um pilar no condomínio Francisco Eduardo. O senhor atendeu provisoriamente no balcão da loja vizinha, La Gitana. Como foi esse desafio?

Aldo Corrêa: Foi difícil porque eu tive um infarto, fiquei fora 90 dias, praticamente. Comecei a me recuperar, aí deu essa pane no prédio e nós tivemos que fechar. E a gente, graças a Deus, tem amigos. Pessoal da La Gitana me convidou: “ vem pra cá”. Levei algumas coisinhas pra quebrar galho, como se diz na gíria, fazia aplicação, ela me deu uma salinha ali. Ficamos 34 dias. Hoje está com essa epidemia, as farmácias e os mercados estão abertos, mas não é aquele movimento como antes. Porque o pessoal fica em casa mesmo, só quando é muito necessário que procura a farmácia. Mas voltei pro prédio, graças a Deus, está tudo em ordem, os moradores do edifício já estão voltando para seus apartamentos.  Vamos levando a vida e trabalhando.

DIARINHO – Sua farmácia registra um grande movimento de pessoas que não querem só comprar remédios.  Elas querem conversar, ouvir sua opinião sobre o mal que lhes aflige. Por que o senhor é tão requisitado?

Aldo Corrêa: Vou repetir novamente: é o atendimento. A pessoa vai numa farmácia, não é ir numa loja comprar sapato, comprar roupa. Farmácia a pessoa já com o filho doente,  esposo ou a esposa. Tu tens que ter carinho, tu tens que dar apoio, tem que conversar e orientar. Hoje não tem mais isso. Sábado o meu expediente é até o meio-dia. Tem pessoas no sábado de manhã que ficam na calçada. Em primeiro lugar, na minha farmácia, o espaço é pequeno, mas as pessoas esperam até do lado de fora. Eu recebo pessoas de Balneário Camboriú, de Camboriú, de Penha, de Piçarras, de Navegantes. Não é que eu sou o bom, é que a gente tem que atender bem o próximo, tá entendendo? E a gente vê que não tem outro lugar oferecendo isso aí.

DIARINHO - Aumentou a procura por remédios desde o início da pandemia? Como o senhor está encarando o coronavírus?


Aldo Corrêa: Eu, para mim, é uma gripe muito forte. Se a pessoa não se cuidar, realmente vai trazer problema. E qual o problema? É óbito! Pode ver que as pessoas quando se internam, para se recuperar, não é fácil. Então, pra mim, é uma gripe. Pode ver que quando deu esse surto, nós aqui estávamos em pleno verão. E quem trouxe foram as pessoas que estavam na Europa. Lá estava outra estação, frio, que isso aí é de friagem. E agora que nós entramos no inverno, tem que se cuidar. Banhinho quente à noite, sair, ir pra balada... Eu ainda sou do tempo antigo, para mim no inverno é banhinho e cama. Esse é o beabá da história. Meu pensamento é o seguinte: no verão as pessoas vão pra praia, no inverno não vão. Porque? Outra estação. Então tudo aquilo que se faz no verão, no inverno tem que ser moderado, tem que ter cuidado. No verão pode tomar banho de manhã, de tarde, noite, madrugada, não tem problema. No inverno, pra mim, é banho e cama. Tomou um banho de manhã. A pessoa não toma banho frio, toma banho quente, mesmo que saia agasalhada, é o ar frio que respira. Hoje nós estamos usando máscaras porque a entrada é no nariz. Não adianta botar gorro, botar manta e ficar respirando ar frio. O nariz é a porta de entrada do vírus.

DIARINHO - Quando foi anunciada a demissão do ministro da saúde, o Mandetta, houve uma brincadeira local anunciando seu nome para o cargo. Como encarou o chiste? O que faria diferente se fosse hoje o ministro da Saúde?

José Aldo: Primeiro lugar, isso foi uma gozação, né. Eu até tenho pessoas que moravam aqui em Itajaí e estão morando no Rio de Janeiro, São Paulo, mandaram mensagem falando “quando é a posse que a gente quer ir”. Mas isso é tudo uma gozação. Então, se tivesse que tomar alguma medida, seria mais ou menos o que está aí. Eu acho que tinha que ser mais rígido. Só que por trás disso aí também tem muita sacanagem. [Que tipo de sacanagem, seu Aldo?] Eu acho pra derrubar o presidente [Jair Bolsonaro]! [Por que, seu Aldo?] Porque você tá vendo, praticamente diariamente nos jornais, no noticiário, a sacanagem, só ver aqui em Santa Catarina, e todo lugar. É Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, outros estados do país. No Rio de Janeiro começaram, fizeram mais quantos hospitais de apoio? Só um funcionando, que é do lado do Maracanã. Então, pra mim, no meu pensamento, a vaca gorda acabou e eles pra meter a mão agora tão usando disso aí. Por exemplo, aqui em Itajaí, nós temos o hospital Santa Inês desativado, o Marieta pra terminar. Então tudo aqui é uma dificuldade, tá entendendo? O governo, não é que eu sou Bolsonaro não, quero deixar bem claro, não tenho partido político. É que eu vejo aqui o nosso prefeito fazendo de tudo pra dar certo. Mas o povo também tem que colaborar. [O senhor acha que falta consciência do povo, que não respeita isolamento social, vai pra rua, vai pra balada?] Exatamente. Pô, espera um pouco, deixa dar uma melhorada, depois volta ao normal. Porque vai ficando pior para o comércio, pra todo mundo, pra pessoa que trabalha também. No caso, porque fecha as portas e a pessoa passa dificuldade. Depois tem que pedir auxílio ao governo. Eu acho que nós temos que fazer uma retirada, evitar sair à noite. Eu sei que é difícil, mas dá uma parada, vamos se cuidar. Primeiro lugar a saúde.

DIARINHO – Em 2014, o senhor recebeu uma homenagem da Câmara de Vereadores de Itajaí em reconhecimento ao trabalho realizado. Como o senhor recebeu a honraria?

Aldo Corrêa: Ah, eu fiquei muito grato. Jamais esperaria. Mas como eu falei: não tenho partido político. Praticamente todos os vereadores, daquela época e do momento, são meus amigos. Então me deram essa honra, já recebi homenagem também da Associação Comercial de Itajaí, pelo serviço prestado à comunidade. Eu me sinto orgulhoso. Eu tive um problema de saúde, ainda tô... [fica emocionado]. Eu tive um câncer de próstata e eu ia diariamente a Blumenau fazer radioterapia. Fiz 38 sessões. Quando eu melhorei, graças a Deus, fiquei bom, aí me deu um infarte. Em julho do ano passado, eu estava internado. E superei tudo trabalhando. Fiquei o necessário em casa. Hoje às 7h30 da manhã, que os filhos não querem, que os filhos queriam que eu fosse, só 10h da manhã, só duas horas na parte da tarde. Mas às 7h30 da manhã eu tô ali na farmácia. É como se diz: minha profissão é minha cachaça. Se eu ficar longe, eu morro. Essa brincadeira que fizeram de ministro de Saúde é pela amizade que a gente tem. É que vai ali, não importa a situação financeira da pessoa, todos são meus amigos.

DIARINHO – O senhor sempre esteve presente na história do Marcílio Dias, ocupando cargos na diretoria inclusive. Continua gostando de futebol ou se afastou de vez?

Aldo Corrêa: Eu tô evitando sair muito de casa, não pegar sereno, não pegar gripe e tal, por causa da saúde. Minha imunidade tá muito baixa, mas eu sei que o clube está em boas mãos. Os presidentes, tanto do Conselho quanto da Executiva, são meus amigos e outros membros da diretoria, e estão levando o Marcílio pro lugar certo. Certíssimo! Pessoas de caráter, pessoas sérias. Quem viu o Marcílio quando nós pegamos em 2002. Meu Deus da minha alma. Era tudo rabicho, tudo puxado. Hoje o Marcílio é uma empresa, tá entendendo? Graças ao presidente do conselho e da executiva que estão trabalhando em prol do Marcílio. Que muitos que estavam antes só viviam às custas do clube. Vou em poucas reuniões, mas tenho contato diariamente. E se eu pudesse estava lá dentro, mas espero que pro ano que vem eu esteja mais firme ainda de saúde e aí vou dar mais apoio pra eles lá, dar uma força. [Como começou a paixão pelo Marcílio?] A paixão pelo Marcílio? Eu sou do tempo quando tinha o Marcílio Dias, tinha o Lauro Muller, não sei se já ouviu falar. O Lauro Muller é daqui de Itajaí. Fui muitas vezes no campo do Metropol com o Marcílio. Na gestão do falecido senhor Eurico Krobel, que era o presidente do Marcílio. Seu Musselin Cechinel, então eu passei por toda essa turma. Eu ia junto naquele tempo, aplicava muita diaminose, que nem existe mais, glicose com vitamina C, nos jogadores. Eu ia junto com a delegação, que era lá na carbonífera, o estádio do Metropol. Tinha o Comerciário na época, tinha o Ferroviário, depois tinha o Hercílio Luz, tinha o Tubarão, que é de Tubarão. Então tudo eu conheci. O Marcílio eu acompanhava com a delegação. [O senhor era torcedor e do departamento médico?] Isso, então peguei muito presidente do Marcílio. Na época começaram a construir a arquibancada do Marcílio, depois veio a iluminação, alambrado, tudo eu passei. [Na sua época o senhor podia escolher: Marcílio ou o Barroso, que ainda tinha os dois times ativos em Itajaí. Porque escolheu o Marcílio?] Por incrível que pareça, meu pai era Barroso, e meu irmão, já falecido, era Barroso também. Já minhas irmãs eram marcilistas. Eu morava na rua Brusque e estudava no Victor Meirelles. Então, eles estavam ali fazendo o fundamento da arquibancada, nós íamos pra lá e daquilo ali eu comecei a me envolver com o Marcílio.

DIARINHO – O senhor nunca quis se enveredar para a política? Nunca teve vontade de assumir um cargo público?

Aldo Corrêa: Já tiveram falando comigo várias vezes. Mas não é o meu forte. Primeiro lugar, eu, no caso, sair candidato, poderia ser até eleito. Eu tinha que me dedicar ao cargo que eu fui escolhido e eleito. Eu ia abandonar minha profissão que eu amo. Então eu prefiro ficar com minha profissão...

DIARINHO – Seu legado está sendo passado para o seu sobrinho. Ele já está presente no dia a dia da farmácia. Ele será o seu sucessor?

Aldo Corrêa: Meu filho não quer saber de farmácia, ele é dentista. A minha filha é enfermeira, não quer saber de farmácia. Eu tenho um sobrinho que tá comigo, tô ensinando ele a dedo. Agora a cabeça dele que eu não sei, né, daqui pra frente. E eu tenho a Márcia que é minha funcionária, aposentou-se agora. Entrou com 13 anos comigo, está até hoje, é minha mão direita. Eu quando me ausentei, doente, meu Deus, ela fazia tudo. Nem sei a hora que ela sair, como é que eu vou ficar...

DIARINHO – Muita gente se recorda de ter tomado injeção com o senhor, de ter tirado a pressão ou de ter levado a filha recém-nascida para furar a orelhinha através das suas mãos. Como o senhor conquistou tão fiel clientela?

Aldo Corrêa: É, é assim... Tem casos que eu fico assim, até surpreso, que vai uma mãe com um nenenzinho lá. “Seu Aldo, eu vim aqui, a mãe disse que quando eu era neném o senhor botou o brinco em mim.” Aquilo me enche de orgulho. Eu tenho até em casa foto que eles batem e mandam pra mim botando brinco nas crianças. Tudo isso pra mim é um incentivo. No caso de brincos, são poucas farmácias que eu conheço que colocam brincos. Tem, meu ex-funcionário, Calinho, lá na Itaipava, começou comigo, hoje tem farmácia. O Edésio, meu grande amigo, tem farmácia lá em Navegantes. Eles começaram comigo. Isso me enche de orgulho. E ex-funcionários que trabalharam comigo na drogaria Catarinense. Hoje não trabalham mais, mas vão ali na farmácia, conversar, puxar assunto daquele tempo, como se diz, de 18 anos.

DIARINHO – Com o advento das grandes redes de farmácias a concorrência passou a ser muito grande no ramo. Como o senhor encara o fato de existir tantas farmácias concorrentes? Qual o segredo para manter um negócio tão longevo?

Aldo Corrêa: É, realmente, não é fácil. Então, é aquilo que eu falei. É o convívio. Porque, pra mim, é como uma família. É atender bem, passa de pai pra filho. “O pai me mandou aqui, a mãe me mandou aqui”. Depois se casam, é uma outra geração. Tudo isso tu tens que plantar hoje pra colher amanhã. Então eu concordo, prejudicou muito as farmácias ter tantas. E Itajaí também, eu acho, no meu modo de pensar, tem farmácia demais. Se eu não me engano, hoje aqui em Itajaí, há umas 160 farmácias. É muita farmácia. E hoje está dominando e vai dominar, a hora que seu Aldo se acabar, seu Miro... Vai ficar essas redes de farmácia. Eu não tenho nada contra eles, cada um com seu cantinho, cada um trabalha como deve trabalhar. Só que eles vieram, como se diz, só pra pegar o caldo. Hoje, por exemplo, minha farmácia é arcaica porque o espaço é pequeno, eu tenho um banquinho pra pessoa sentar, pra esperar, converso. Vem pessoas que eu nem imaginava. “Como é que a senhora veio parar aqui?”. “Fulano disse”. Então tudo isso aí me dá motivo... A pessoa está com uma depressão, quer um apoio, que hoje não tem. [Além de remédio o senhor é um conselheiro...] É o maior prazer. Eu já tive hospitalizado, eu sei como é dificultoso a pessoa não ter um apoio. E, muitas vezes, até não tem um apoio sincero da família. E se agrava cada vez mais a doença. Tem que ter um apoio. E hoje o mundo que nós estamos, se a pessoa não tiver uma família unida... No tempo dos meus pais, final de semana, era a minha mãe, como se chamava antigamente, uma galinha choca. Os pintos vinham tudo ali. Minhas irmãs que moravam em Blumenau. Não era festa, mas era como uma festa, porque vinha todo final de semana pra ficar junto com meu pai e minha mãe. Hoje é difícil. Na época de Natal, família reunida. Hoje filho: “ah, vou acampar, vou pra tal lugar”. A família em segundo plano. E fica ruim, porque fica só. Distante um do outro. E antigamente não. Só que o mundo é assim e a gente tem que acompanhar. Não sou eu que vou endireitar o mundo.




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