Matérias | Entrevistão


Itajaí

Maurício Eskudlark

Deputado estadual - Autor pedido de impeachment

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

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Raio X

Nome: Maurício José Eskudlark

Idade: 62 anos



Natural: Canoinhas

Estado Civil: Divorciado

Filhos: dois 


Formação: bacharel em Direito pela Fepevi (atual Univali), curso de Criminologia para delegado de Polícia, pós Graduação em Direito Penal pela fundação Educacional do Oeste Catarinense e pós-Graduação em Direito Administrativo pela Furb

Trajetória profissional: bancário, garçom do antigo Dusky Lanches de Itajaí, advogado, delegado de polícia aposentado com atuação em várias cidades, inclusive Regional; presidente do Diretório Acadêmico Desembargador Henrique da Silva Fontes, da Faculdade de Direito de Itajaí, professor da Unoesc, vereador de São Miguel do Oeste de 1989 a 1996, vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina, membro eleito do Conselho Superior da Polícia Civil e deputado Estadual 2006 até agora. Já foi filiado ao PSDB, PSD e atualmente está no PL, que já foi PR.

 

Nós estamos com dois problemas graves: uma pandemia de saúde e uma pandemia administrativa”

 


deputado estadual, policial civil aposentado Maurício Eskudlark (PL), que já foi delegado Regional em Balneário Camboriú, protocolou esta semana o pedido de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL). Eskudlark foi de líder do governo Moisés na Assembleia Legislativa a autor do pedido que pode resultar na cassação do governador em cerca de cinco meses. Nessa entrevista à jornalista Franciele Marcon, Eskudlark explica os motivos que o levaram a romper com o governo.  Fala da sua visão enquanto policial da investigação da compra dos respiradores e da atuação da vice-governadora, que se o processo de impeachment vingar, pode comandar Santa Catarina. Eskudlark ainda falou da decepção com os eleitos que se intitularam como a  “nova política”, mas que na realidade não desempenharam o esperado pela população e como isso pode impactar nas eleições municipais. Um Entrevistão ácido que reflete o momento vivido em Santa Catarina e no Brasil. Fotos de Fabrício Pitella.

DIARINHO – De líder na assembleia legislativa do governo Moisés a propositor do impeachment dele foram apenas cinco meses.  O que mudou na sua relação com o governador e por que?

Maurício: Quando eu fui falar ao partido que eu tinha recebido o convite para ser o líder do governo, o partido ficou dividido. Nós fizemos uma reunião com os deputados, com o senador Jorginho Mello, e eu disse pra eles: 72% da população elegeu esse governo. A população quer que dê certo. Não vamos ser oposição. Nós tínhamos apoiado o Mauro Mariani (MDB), vamos apoiar o governo que ganhou, vamos ajudar, fazer dar certo. É bom para Santa Catarina, vamos tocar. Dividido, o partido concordou: “vai pôr tua conta e risco”. E eu participei, comecei a conversar com o governo e com o governador. Fui na reunião do colegiado, disse para eles que nós precisávamos da Assembleia Legislativa. Aprovamos a reforma administrativa por unanimidade na Assembleia, mas as diferenças com o governo começaram a ser muito difíceis. Nós tivemos a aquela questão do duodécimo, eu construí um encaminhamento junto com os poderes. Primeiro o governador concordou, depois na hora de votar ele discordou. Veio aquela questão do agronegócio, querer colocar imposto sobre a nossa produção. E eu falei pro governador: “o senhor me desculpe, eu posso até entregar o cargo, mas eu não posso votar a favor desse projeto”. Eu não vou votar projeto pra aumentar imposto. E ele com dificuldade, não atendia os deputados, não atendia os prefeitos, não ia nas regiões. Eu fui começando a ter problemas. Eu fui tocando, chegou final do ano, eu entreguei e voltei a ser o Maurício, o deputado que eu gosto de ser, de ir nos municípios, de ouvir, de fazer o que eu acho certo, criticar o que eu acho errado. Nós começamos a ver que esse governo, infelizmente, está na contramão. Não conversa com o agronegócio. O presidente da Fiesc disse [terça-feira] que ele tem mais trânsito com o governo Federal, consegue conversar mais com o governo Federal do que com o governo de Santa Catarina. Além do que, nós aprovamos uma Controladoria Geral do Estado, que teria um controlador, que ia acompanhar tudo, que aqui ia ser um estado longe da corrupção. Apoiamos uma secretaria de Integridade, e a gente viu que isso que não foi acontecendo. Eu fui contra o bloqueio total de atividades no estado. Me posicionei contra. Acho que deveria ser discutido com cada município. (...) E quando começaram a surgir as denúncias... Nós tínhamos a comissão da Assembleia que falhou, não constatou as irregularidades de início. O Tribunal de Contas e a Assembleia normalmente analisam as contas do governo só no ano seguinte. Sorte que a imprensa, o site The Intercept, fez essa denúncia. Quando o site fez a denúncia, que puxou esse assunto, virou um monte de coisa. Eu mudei porque o governo não era aquilo que dizia. Se fosse um governo conduzindo bem, ouvindo a sociedade, talvez eu até continuasse líder, mas como o governo não era o que se esperava, eu também não quis continuar na liderança.

DIARINHO - O momento de uma grave pandemia é o momento para um pedido de impeachment? Politização nesse momento não é má política?


Maurício: Nós aprovamos a CPI por unanimidade. Eu lembro que antes de aprovar a CPI, eu estava conversando com o presidente da Assembleia e eu disse: “Eu já tô buscando subsídio pra um impeachment”. Ele disse: “será que já tem, Maurício? Será que vai dar os votos para CPI?” Precisava de 14 votos. Ele disse: “parece que tem 17”. Eu disse: “se eu conheço a Assembleia, vai dar mais de 30 votos pela CPI”. Deu unanimidade. Se o governo estivesse indo bem, tomando cautelas na pandemia... O hospital Regional de São José aqui, que é do estado, os profissionais estão tendo que comprar ou fazer suas máscaras. Vê que além de não conversar com os prefeitos, não ir nos mais de 100 hospitais que nós temos em Santa Catarina, pedir um levantamento, quantas UTIs dá pra aumentar etc. O governador fez tudo na contramão. Ele já partiu pro hospital de Campanha. Se ele tivesse certo, fazendo as coisas e houvesse uma denúncia de irregularidade, não seria o momento de fazer. Nós estamos com dois problemas: uma grave pandemia de saúde e uma pandemia administrativa. Nós estamos com uma pandemia administrativa! Ninguém consegue falar com o secretário da Saúde [ex-secretário Helton Zeferino]. Acho até que ele não tem uma participação direta nessas coisas investigadas.  O secretário da Saúde é um cara ditador. Ele não é de ouvir as pessoas, mas acho que é honesto. Eu acho que ali partiu tudo da Casa Civil, daquele outro lado lá [Douglas Borba]. O governador tem a culpa por omissão, porque não quis bater de frente, mas na minha opinião, conhecendo a forma dele trabalhar, eu até acho que a participação dele é mais de omissão do que de participação.

DIARINHO – O senhor tem uma carreira na polícia Civil. Pela sua experiência técnica policial, o senhor acredita que o governo de Santa Catarina foi vítima de um golpe na compra dos respiradores ao fazer o pagamento antecipado de R$ 33 milhões? Ou o senhor enxerga dolo nessa conduta?

Maurício: O governo participou de um golpe, não caiu num golpe. Claro que quem assume um governo, pode ser presidente de Câmara,  ou prefeito municipal... sempre aparecem pessoas com “soluções milagrosas”. Querem vender um programa, um sistema, alguma coisa, querem vender milagres para os prefeitos. Antes era mais discreto: “na sua campanha podemos ajudar, não sei o que...” Aquela história, que, na verdade, é corrupção. O governo viu que estava fazendo errado, tanto no hospital de Campanha, que decidiram num dia contratar. Nós temos o Santer, várias outras instituições que administram grandes hospitais de Santa Catarina. Essas instituições não ficaram sabendo e um hospital psiquiátrico lá de Catanduva, no estado de São Paulo, fica sabendo dessa contratação? Foi alguém do esquema que foi lá buscar esse grupo para fazer essa negociação, essa negociata, não é uma negociação. Eu, como policial, acredito que o governo não caiu num golpe, mas houve conivência ou a participação do governo no golpe. [O senhor falou há pouco que estava mais ligado à Casa Civil, ao Douglas Borba. O senhor acha que o governador tinha conhecimento?] Eu acho que tinha, porque ele, desde o início da pandemia, o que o governador faz? Da Casa Agronômica pra defesa Civil pra fazer aquela live do final do dia. Claro que ele, governador, diretamente envolvido, tinha que cobrar todo dia: quantos hospitais vão abrir UTIs? Quantas UTIs nós precisamos? Equipamento de proteção individual, os EPIs, já foram comprados? Respiradores, tão vendo onde e quando? Ele tinha conhecimento direto. No hospital de Campanha, assinou um “de acordo”, e ele é tão teimoso que quando a justiça trancou a contratação do hospital de Campanha, ele, numa das lives, disse: “foi trancado, mas nós vamos fazer, porque é o certo. Vamos fazer mil vagas, vamos fazer 10 hospitais de Campanha no estado”. Não precisa de nenhum! Tem que ampliar nossos hospitais. Num caso extremo, alugar um hotel para deixar aqueles pacientes ambulatoriais, de internação, não de UTI. Não precisa nenhum hospital de Campanha. O governador, naquele caso, assinou e nesse [dos respiradores] ele tinha conhecimento. Tanto que disse agora, naquela entrevista que pediu “boicote à imprensa”, porque tava falando mal do governo, ele disse: “nós estávamos num momento de desespero, que se dissesse que tinha um local fechado e sem ver, e que tinha que pagar, teria pago”. E foi o que ele fez. Pra mim, o governador, infelizmente, tinha conhecimento e poderia ter impedido que acontecesse a compra dos respiradores.

DIARINHO – Se acontecer de fato um impeachment, quem vai assumir será a vice-governadora. As declarações da vice sobre democracia, costumes e administração pública não disfarçam a falta de projeto republicano. Qual a sua opinião sobre a vice?

Maurício: É uma incógnita a vice-governadora. A gente não sabe o que ela vai fazer. Vejo que ela, nesse momento, eu já a vi se manifestar, acho que tem uma expectativa de poder como vice. Só acho que pior do que está em conversar, em tentar buscar as soluções, não vai ficar. Se a sociedade, as entidades empresariais, se a assembleia, o poder Judiciário, o ministério Público, Tribunal de Contas forem mais ouvidos, vai ficar melhor. A vice-governadora também não tem experiência. Eu entendo que se ela quiser fazer uma boa administração, vai ouvir mais pessoas, vai se cercar de pessoas competentes e idôneas e pode fazer uma boa administração. O novo secretário da Casa Civil, Amandio João da Silva Junior, falou ontem, [terça-feira]: “o governo quer acertar”. Eu disse: “pra acertar vai um ano”. Um ano até ir nas regiões, conversar, trazer transparência e abertura. É um governo que vai ser de incógnita o da vice. Mas como nós estamos num governo ruim, a gente sempre tem medo de piorar, mas eu não acredito que possa piorar...

DIARINHO - Até que ponto o senhor, que foi líder do governo, próximo à Moisés, não faz agora o jogo partidário do presidente de seu partido, pré-candidato ao governo em 2020, ao acusar Moisés?


Maurício: Não, se você for olhar a política antiga... Diz que tem a “nova política”, mas a nova a gente viu que não deu muito certo, pelo menos na maioria dos lugares. No modo antigo, a maioria iria querer “deixar cozinhar”, como se diz, pra ele chegar totalmente desgastado no final e ser mais fácil uma eleição de quem quer ser o sucessor. Um político tradicional diz: “Deixa ficar, já está todo mundo contra ele, vai chegar na época da reeleição totalmente desgastado”. Esse seria um caminho. Eu acho que não é justo com a população. Deixar a população tendo um governo ruim mais dois anos e meio, quase três, porque será mais fácil ganhar a eleição dele. Eu prefiro que tenha uma mudança, que essa mudança melhore o governo, e daí quando faltar lá seis meses, um ano para a eleição, daí se resolve a próxima eleição. O nosso pensamento: nós conversamos e houve unanimidade da CPI. Não tem tal partido pra cá, tal partido pra lá, até os apoiadores do partido do governador estão contra. Eu digo que é uma questão apartidária. Se nos olhássemos politicamente: “deixa ele que se aparentemente não mudar, vai estar cada vez pior, e seria um adversário mais fraco, em tese, lá no final”. Só que deixar acontecer isso é um custo muito alto para a economia, para o cidadão, para a saúde dos catarinenses.

O governo participou de um golpe, não caiu num golpe”

DIARINHO – Em um momento dos mais críticos da história, é justo para o contribuinte ter que, eventualmente, trocar todo o governo e substituir as estratégias e projetos na saúde pública? A vice já deu declarações com um certo ceticismo que sugere uma postura negacionista da pandemia. Não seria um risco maior à SC?

Maurício: Eu acho que o estado sempre anda. Ele tem seus servidores que fazem acontecer. O que precisa é o gerenciamento. Por exemplo, as emendas que foram destinadas aos municípios, os próprios repasses, [...] estão atrasados. Até dinheiro federal que deveria chegar aqui em cinco meses, passar para os hospitais e para as clínicas, o estado demora 60, 90 dias para repassar. Ele só faz o repasse. Só confere se está funcionando a clínica e faz o repasse. Não está fazendo! Eu vejo que se entrar um bom administrador, ele reergue essa atividade administrativa fácil, fácil. Não vai ter problema, não é uma mudança muito brusca. [É o seu terceiro mandato, é o pior governo que o senhor já conviveu como deputado?] É o pior. Eu já peguei mais governos. Eu venho lá do Konder Reis, peguei o governo do Esperidião Amin, Vilson Kleinübing, muito zeloso no patrimônio, na administração do estado. O  Luiz Henrique da Silveira, o Pavan, que foi uma passagem rápida, o Raimundo Colombo, o Paulo Afonso. O Colombo eu apoiei, fazia parte da base, eu era crítico em algumas situações, mas nada comparado com o que a gente está vendo agora: realmente há um desgoverno total em Santa Catarina. Eu entendo que quem entra na política entra para servir. O governador agora diz que vai dar o número do seu telefone para os deputados. Eu era o líder do governo, e não tinha o número do celular do governador. Eu fui pedir numa reunião, ele mexendo no telefone, eu pedi o número do celular, e ele disse: “o celular é só da família”. Uma vez liguei para o governador Luiz Henrique às três da manhã e ele me atendeu. Deu um problema em Lages, eu achei que era grave, e que deveria avisar o governador. O delegado de Lages me ligou e eu liguei para o governador, que atendeu e me agradeceu. Ele faz o governo de segunda a sexta-feira à noite, final de semana é para o “convívio familiar”, é para as coisas dele, que até tem essas denúncias todas. Não visitou a maioria dos municípios! Em um ano e meio o governador não pisou em Curitibanos, o governador não foi em Xanxerê, grandes cidades de nosso estado, Porto União. Quando que os governadores vão lá? Sexta-feira, sábado e domingo. Faziam roteiro, faziam uma reunião, já participavam às vezes de um evento comemorativo, alguma solenidade. Quando ele vendeu o avião do estado, eu pensei: “tá bom, vai fazer de carro, vai ser melhor ainda, vai conhecer as estradas e tudo mais”. Na verdade, ele não fez nada disso. Balneário, Itajaí que são próximos, enfrentam dificuldades de relacionamento... Quantas reuniões nós viemos aqui, nós não conseguimos falar com o governador, com a Santur, por exemplo, sobre o centro de eventos de Balneário. Agora, eles falaram no hospital de Campanha. Tem o hospital Santa Inês que dá pra colocar 60 leitos de UTI. É uma estrutura pronta. Equipa, recupera, passou a pandemia, vamos ver se alguém se sujeita a administrar, se precisa ficar com o estado. Falta visão administrativa e falta disposição também para fazer tudo isso.

Eu era o líder do governo, e não tinha o número do celular do governador. Eu fui pedir numa reunião, e ele disse: “o celular é só da família”

DIARINHO – O senhor já  falou publicamente que é um governo isolado, um governo “de quatro ou cinco pessoas”. O governo Moisés está inviável politicamente?

Maurício: É inviável, pois não tem diálogo. Nós, deputados, ao invés de nós estarmos criticando, indo pra Tribuna, indo para a rádio, pro jornal reclamar... A gente tem muito mais gosto de ir junto com o governador numa ampliação de hospital, numa construção no posto de saúde, numa rodovia que o estado vai lá e investe. A gente como político, a alegria é ver uma obra realizada. Político gosta de inaugurar? Claro que gosta, mostrar que tá sendo feito. Como o governador se isola, não conhece o problema, então fica difícil. E um dos maiores erros que ele começou a cometer, foi entrar dizendo que tinha um mandato, que ele nunca foi político, que ia administrar o estado tecnicamente. Quando ele se afastou do presidente Bolsonaro, ele já abandonou a base que o elegeu. Quando ele quis estruturar o PSL no estado, que ele saiu e foi visitar municípios como Chapecó, Xaxim, São Miguel do Oeste, só para fazer filiações partidárias do prefeito de Chapecó, do vice de Xaxim, do prefeito e vice de Guaraciaba. Quando ele começou a querer fazer política, que também não é o forte dele, aí que ele se perdeu todo.

DIARINHO - O governador culpou a imprensa pelo escândalo dos respiradores. Criticou e pediu uma retaliação financeira dos empresários sobre os veículos. O que o senhor pensa dessa conduta?

Maurício: Está perdido! A imprensa fala o que está acontecendo. “Ah, mas a imprensa gosta mais quando tem um problema do que uma solução...” Não, se tiver uma inauguração vai divulgar que tem uma inauguração também. Vai dizer que compraram e instalaram em 30 hospitais do estado os 200 respiradores. Vai divulgar: “o governo do estado investiu em 200 respiradores”. A imprensa é o reflexo do que está acontecendo. Como o governo está isolado, ele que não está vendo a realidade. Ele fica achando que aquela live do dia a dia, que a vida é aquilo ali que eles dizem, mas tem a vida real...

DIARINHO – A pandemia paralisou as discussões sobre a reforma da previdência. O senhor acredita ser possível retornar até julho a discussão na Alesc?

Maurício:  Existe uma legislação que diz que os estados têm até julho para apresentar a reforma da Previdência. Se adaptando aqueles requisitos federais, sob pena de perder alguns benefícios, repasses de recursos e tudo. Quando nós começamos não tinha pandemia, quando eu tinha o relatório pronto não tinha pandemia. Eu fiz um relatório mudando o que nós queremos: acabar com aquelas aposentadorias com integralidade e paridade, deixando a partir de 2016 no teto da previdência social. Mas também cuidando com aquele servidor que já tem 30 e poucos anos, que está ali para se aposentar, fazendo transição. Eu apresentei esse relatório na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], vai ser analisado, e se não mudarem o prazo em Brasília, até julho nós vamos ter que votar. É uma obrigação, um dever constitucional de fazer essa discussão. Melhor se pudesse fazer com mais tranquilidade, não fosse num momento de pandemia. 

DARINHO – Qual o cenário que o senhor enxerga para as eleições municipais com essa crise de saúde pública e também política?

Maurício: Eu acho que vai ser um cenário eleitoral com os pés no chão. A última eleição foi do oba-oba, mudaR por mudar, sem saber em quem estava votando. Vamos ser realistas: 70% dos catarinenses não conheciam o Moisés. Eu sou da segurança pública há 31 anos e eu conheci o governador Moisés depois da eleição. Eu vejo que agora vem uma eleição que vai querer mudar, que não vai concordar com coisa errada e tal, mas que vai votar mais de olho na pessoa que está elegendo. “Vamos mudar, mas vamos mudar para quem a gente conhece, esse lá já trabalhou, já tem um histórico, já fez...”. Não vai ser o novo pelo novo. Vai ser o novo com responsabilidade, que pode ser algum mais antigo que já tenha serviços prestados à sociedade.

 

 

 




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