Na entrada do prédio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), no Centro de Florianópolis, há um banner enorme, esticado na parede, onde lê-se que o “Sarampo mata”, e alerta para o fato de que a única forma de prevenção é a vacinação.
A informação nos faz pensar sobre o repentino solavanco da população em relação aos casos registrados de Coronavírus, uma gripe muito forte, com proporções pandêmicas e muito menos letal do que outras doenças.
Entre elas estão o sarampo e a febre amarela, cuja procura pela vacinação das duas endemias precisa ser exaustivamente incentivada pelas autoridades.
Enquanto a imunização contra contra gripe (Influenza), que previne as demais, recompõe o medicamento contra o vírus do ano anterior, a que inocula contra febre amarela, que já provocou um óbito em Santa Catarina e já registrou outros sete casos em humanos, e a tríplice viral, contra o sarampo e que tem 82 casos confirmados e 66 em investigação, precisa de mobilização igualmente para a rubéola e a caxumba, sem que a população considere que, em 2020, as ocorrências são muito maiores do que as do Coronavírus.
Doença da moda
O Coronavírus mudou a perspectiva de diversas estruturas, como a Assembleia, que suspendeu audiências públicas; sessões solenes e especiais; eventos de frentes e fóruns parlamentares; seminários, congressos e eventos, incluindo os da Escola do Legislativo, mas manteve as sessões e reuniões das comissões. Funcionários, estagiários e policiais militares terão acesso, assim como profissionais de imprensa, que terão que ser credenciados, e autoridades nacionais, estaduais e municipais, enquanto está vedado o acesso de demais pessoas.
E o MP
O Ministério Público monitora as ações contra a doença, avisa que aumentar o preço de produtos, entre eles álcool gel e máscaras, é crime, mas também toma medidas internas. Está proibido o acesso de público externo à biblioteca do órgão, conscientização de servidores e de terceirizados e a reavaliação de eventos.
Terceiro caso
Os três casos confirmados no Estado são, respectivamente, dois em Florianópolis e um em Joinville, pessoas que vieram da Europa e dos Estados Unidos, uma com passagem pela África. Detalhe: os dois mais populosos municípios do Estado.
Boa decisão
Movimento Avança Brasil suspendeu a participação do ato pró-Bolsonaro no domingo (15) e levou manifestação para o ambiente virtual. A doença que se alastra, o decreto na Capital e o pedido do presidente da República foram levados em consideração.
Alívio
O senador Jorginho Mello (PL) e o deputado federal Daniel Freitas (PSL) não estão infectados pelo Coronavírus nem o presidente Jair Bolsonaro, a quem acompanharam em missão aos Estados Unidos. Quem irá ter que esperar um pouco mais para saber dos resultados dos exames é o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, só na segunda-feira (16).
MEDIDAS ACERTADAS
Se a proposta é não criar pânico mas manter a vigilância, o decreto assinado pelo prefeito Gean Loureiro (DEM), de Florianópolis, acerta ao limitar o número de pessoas a 100 em ambientes fechados e a 250 em lugares abertos. É uma questão de responsabilidade. Gean fez o anúncio ao lado dos secretários da Educação, Maurício Fernandes Pereira, e da Saúde, Carlos Alberto Justo da Silva, o Paraná, e do vice-prefeito João Batista Nunes (PSDB), áreas que precisam de atenção especial. Mais correto ainda foi a decisão da Irmandade Senhor dos Passos, o Imperial Hospital de Caridade e o arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, que cancelaram a maior procissão do sul do país, programada para os dias 28 e 29 de março de 2020.