O pedido foi feito pela promotora substituta Geruza Isoton, levando em conta matéria publicada pelo DIARINHO, em setembro, sobre as intenções da administração do herbário em permutar o terreno com uma construtora.

Pelo projeto, a empresa construiria um novo edifício no local, sendo que o atual prédio do Herbário seria demolido, com a entidade e o acervo abrigados no novo empreendimento.

Pro MP, a proposta vai contra o interesse público de preservação.

No pedido, a promotoria reforçou a necessidade de reparos emergenciais na estrutura do herbário, conforme aponta um laudo pericial determinado pela justiça. Um pedido de liminar foi feito em junho pra que a prefeitura de Itajaí e o governo de Estado banquem as melhorias, considerando o valor histórico, cultural e científico do acervo. Na ação civil, o MP busca o tombamento definitivo do imóvel.

A direção do herbário é contra o tombamento e contesta o laudo pra fazer obras emergenciais, destacando que não há problemas de manutenção.

Segundo a direção, o prédio não tem valor arquitetônico nem histórico, apesar de ser antigo, e o acervo seria preservado numa possível permuta do imóvel.

O prédio na avenida Marcos Konder tem 65 anos e abriga 70 mil plantas catalogadas, além de outras 20 mil ainda não estudadas.