A mãezona estava dodói e o povão até se mobilizou pra que eles fossem recolhidos e tratados pela prefeitura. O dono do animal deve ser denunciado por maus tratos.
A dona de casa Maria Pereira, 87 anos, vizinha do terreno baldio, viu a égua ser amarrada no terreno há cerca de três dias. Na tarde de terça-feira, ela teve a surpresa de ver o animal dando à luz a um filhotinho. Com pena, ela pediu ajuda pra alguns vizinhos e levou mãe e filho pra um terreno que possui do outro lado da rua, numa área com sombra e cercada. Nessa época de seca, o animal estava lá sem água, lamenta.
O pintor Antônio Prates, 24, mora bem em frente ao terreno baldio que a égua deu à luz. Ele conta que notou que ela estava presa e nunca viu ninguém cuidando dela.
A vizinhança comprou milho e levou água pra cavalinha. Como notaram que o animal tava magrinho e ainda amamentando o filhotinho, pediram ajuda da turma da prefa. O secretário de Inclusão Social, Luis Maraschin, afirma que o caso não é de competência da sua pasta, mas assumiu a responsabilidade.
Um veterinário foi chamado e cuidou da bichinha. A mãe está muito debilitada e o filhote depende dela pra se alimentar, afirma o secretário.
O morador do Balneário Jony Rodiney Rech soube do lance pela internet e logo ofereceu a sua chácara pra abrigar a égua e o filhinho, já que a prefa conta apenas com um abrigo para animais e que está superlotado. Mamãe e filhote estão abrigados por lá. Sempre pego cachorro da rua. Lá tenho galinha, ganso, vaca. A éguinha será bem tratada, garante.
O dono do animal, que não teve o nome divulgado, é morador do bairro Monte Alegre, em Camboriú, e deve ser denunciado por maus tratos. Não há data pra denúncia ser encaminhada ao Ministério Público.
O destino definitivo do animal será decidido pela dona justa.
O potrinho passa bem, mas a égua tá com hipoglicemia, que rola quando o nível de açúcar está abaixo do normal no organismo. O veterinário André Schuch afirma que ela não se alimentava bem e ainda tava amamentando, o que colaborou pra deixá-la mais dodói. Caso não fosse tratada, não duraria mais de uma semana.
Pra tentar salvar a bicha, o veterinário tá caprichando nos medicamentos, alimentos e vitaminas diárias.
O que fazer?
Caso encontre um animal abandonado ou sendo mal tratado na rua, o povão deve chamar a turma da secretaria de Meio Ambiente. O diretor de fiscalização da pasta, Arnaldo Sombreiro, afirma que os fiscais vão até o local, recolhem o bicho e os levam a um abrigo. Mas temos que comprovar que o animal não tem dono e está abandonado, explica. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (47) 8883-7592.