Instituto Ion | Informando e Inovando
Por Instituto Ion -
Impacto dos hábitos nas finanças
Caro Leitor do DIARINHO!
Nesta semana, trago na Coluna “Informando e Inovando – Seu Bolso” uma reflexão sobre a influência do hábito nas finanças.
O hábito está presente em nossas vidas assim como a economia, finanças, saúde, política e tudo mais, porém sem nos darmos conta de sua real existência e força. Apropriando-se do paradigma de Cícero, Roma Antiga, tem-se que “o hábito é, por assim dizer, uma segunda natureza”.
No conceito de “Homo Economicus (Homem Econômico) ”, pensava-se que o interesse humano seria supostamente imutável e racional, permitindo um comportamento previsível.
Em um mundo BANI - frágil, ansioso, não linear e incompreensível, pensar em sustentabilidade financeira torna-se mais difícil, pois nosso “eu” inconsciente cria hábitos, os quais não são flexíveis ou criativos, que nos levam frequentemente a repetir as ações do passado. Portanto, é verdadeira a frase que diz “insensato é aquele que faz as mesmas coisas esperando resultados diferentes”.
Iniciamos um ano novo e muitos estabeleceram metas e planos para 2022, o que é recomendável, porém, nossas atitudes e planos não são sinônimo de perseverança. E você deve estar se perguntando: Não adianta estabelecer metas e planos? Sim é preciso estabelece-los, porém precisamos compreender que é o hábito que forma a perseverança. É preciso controle para reprimir os desejos, os quais sabotam nossas melhores intenções com justificativas e desculpas, dificultando o atingimento das metas e a realização dos planos.
Parafraseando Wendy Wood: “Os hábitos são tão eficientes e silenciosos que acreditamos que os praticamos em decorrência de uma decisão consciente. Quando estão alinhados, hábitos e objetivos integram-se perfeitamente para orientar nossas ações. Na maioria das vezes, nem sabemos que isso está acontecendo. Agimos por hábito, sem ter que tomar uma decisão.”
Portanto, diferentemente de qual ação a ser executada, a pergunta que devemos fazer é: Como executamos uma ação?
Pensando em finanças, precisamos tomar decisões conscientes e assertivas (na maioria das vezes) e criar o hábito para respostas repetitivas, ou seja, bons hábitos, permitindo a construção dos resultados ou metas estabelecidas dentro de um plano de vida.
Para fins de exemplificação, pegue as despesas correntes mensais dos últimos três meses. Coloque-as ordenadamente em uma planilha de forma que possa verificar as despesas realizadas por natureza como veículo (manutenção, combustível, pedágio e outros), alimentação (compras do mês, panificadora, restaurante e diversos), educação (escola, faculdade, cursos, livros etc.,) despesas com a casa (energia elétrica, água, gás, aluguel, manutenção, limpeza etc.), comunicação e demais despesas. De posse dessas informações ordenadas é possível verificar os excessos, as despesas e reduções necessárias, permitindo um maior controle e mesmo começar a pensar em poupar ao invés de gastar.
Toda ação começa com uma decisão anterior. Tomada a decisão de forma consciente – reduzir os gastos e poupar, estimule a ação com repetição (diária), recompensas pelos resultados alcançados, crie justificativas positivas frente ao contexto e controle os estímulos e as distrações.
Podemos pensar: Já sei o que devo fazer. Mas cuidado, conforme ditado de Johann Wolfgang Von Goethe “Saber não é suficiente; devemos aplicar. Querer não é suficiente; devemos fazer. ”
No momento de estresse do mercado que afetou profundamente muitas famílias e empresas, a chamada “destruição criativa” pode fazer parte da solução como uma semente que brota e renasce como esperança.
E como mensagem final deixo vocês com Joseph Goldstein “Se estivermos olhando na direção certa, só o que temos a fazer é continuar andando”, pois bons hábitos podem se transformar em rotina. Forte abraço e até a próxima edição!