Coluna Tema Livre
Por Rosan da Rocha - rrocharrosan@gmail.com
Falta de educação e fiscalização
Este verão o que vem se percebendo, pelo menos nesta virada de ano, é a volta de uma enxurrada de turistas mal-educados, baderneiros e violentos em Balneário Camboriú e Itajaí.
A maioria de visitantes são pessoas que pra cá vieram a fim de aproveitar as férias, praia e diversão, mas com respeito aos moradores.
Contudo, verifica-se que muitos chegaram para extravasar seus recalques, seu lado marginal, e acabam por incomodar e tentar deteriorar a bela imagem das cidades da região que sempre acolheram muito bem os turistas.
O prefeito de Balneário Camboriú agiu muito bem em proibir caixa de som ligada em locais públicos sem prévia autorização. Tem-se visto também uma atuação efetiva da Polícia Militar e Guarda Municipal coibindo abusos e vigiando permanentemente as praias e as ruas da cidade. O Poder Público colocou à disposição dos turistas uma equipe de funcionários de diversas secretarias municipais para atendimento na Praia Central, como também tem feito reuniões periódicas para aprimorar a segurança e fiscalização. Infelizmente, já o mesmo não se pode dizer de Itajaí, ao menos na sua praia mais badalada e frequentada, a Brava. A baderna é geral. Caixas de som com volume nas alturas por toda a areia da praia; cobrança de consumação indevida em restaurantes; dezenas de cachorros na areia e tomando banho com seus donos; estacionamentos sem qualquer regulamentação; prática de esportes sem horários e definição de lugar; pessoas mergulhando da ponte que faz ligação com a praia do Canto do Morcego danificando-a, além de ser tal prática um perigo enorme, principalmente para as crianças; saída de voos de parapente motorizado da areia da praia, com cobrança ou fazendo “marketing”, sem qualquer credenciamento ou fiscalização; cabos de energia elétrica atravessando o chão da avenida principal para ligar aparelhos dos restaurantes na areia da praia; esgoto transbordando, por boca de lobo, há vários dias, deixando um cheiro insuportável; não se vê um fiscal do município caminhando pela praia a fim de orientar, notificar ou coibir irregularidades. É uma esculhambação, uma verdadeira balbúrdia por culpa única e exclusiva da negligência, falta de planejamento e fiscalização dos gestores públicos da cidade. O que é uma pena, uma vez que o lugar tem ótimos restaurantes, a praia é de água limpa e quente, moradores ordeiros e frequentada por pessoal de bom poder aquisitivo, sendo um dos locais mais caros para aquisição de imóveis. Se continuar assim, o prejuízo será pra todos. Ainda é tempo de corrigir, é o que se espera.