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Por Instituto Ion -
Como a Economia impacta em suas finanças
Professor Nilton Cordoni Junior
Não há como dissociar a economia brasileira da economia mundial e seus reflexos em diferentes indicadores como crescimento (PIB), inflação, dólar, desemprego e outros. Com vários parceiros comerciais, sendo a China e EUA grandes mercados, suas políticas econômicas impactam as economias em global, especialmente as mais frágeis. Tomando a China como exemplo, teve em outubro uma inflação de 1,5%, maior alta nos últimos 13 meses e o dobro do mês de setembro, resultado principalmente das commodities de alimento e combustível. Soma-se a isso a busca do governo chinês em conter o risco dos empréstimos às incorporadoras imobiliárias, sem lastro de sustentação, responsáveis por quase 1/3 do crescimento econômico chinês.
No mercado dos EUA o índice de preços ao produtor e ao consumidor se apresentam sobre forte pressão, estando na casa de 6% na comparação anual, maior alta nos últimos 30 anos, parte ocasionado pelos preços dos alimentos e combustíveis.
Uma variável importante a se considerar é quanto ao índice de confiança dos consumidores americanos, o qual têm se mostrado crescente e superior aos indicadores antes da pandemia, refletindo nas vendas de varejo. Porém, estima-se que parte advém das compras antecipadas de final de ano, podendo haver uma reversão parcial na tendência após as festas de final de ano.
Na Zona do Euro e Eurásia as preocupações com a inflação também são sentidas e preocupantes, agravada pela crise energética pela escassez no fornecimento de gás natural para a região no período de inverno. Somado ao desabastecimento de gás, há se considerar a instabilidade na região causada pela Rússia e a intensão em ser vista como uma superpotência no fornecimento de petróleo e gás, trazendo impacto aos preços. Porém, o índice de confiança dos consumidores continua estável na Europa, trazendo um alento para o final de ano.
Outro ponto importante na Europa e Eurásia é quanto ao retorno da pandemia, tendo alguns países apresentado elevação nos números de casos de COVID-19, a exemplo da Austrália e da Alemanha, podendo trazer reflexo à economia da região.
No Brasil a preocupação maior é com a inflação, que chegou na casa de dois dígitos, refletindo no crescimento econômico, impactando no crescimento deste ano e em 2022.
A proposta da PEC dos Precatórios, se aprovada, deve trazer maior pressão sobre os juros, levando a um maior endividamento público e aumentando as dificuldades em se trazer a inflação de 2022 para o centro da meta. Somado a isto, tem-se um ano de eleições que traz consigo possibilidades de novos gastos, incluindo aumento de salários dos servidores públicos, impactando ainda mais o equilíbrio fiscal.
O Ano de 2022 será um ano trabalhoso e cansativo quanto as pressões econômicas e financeiras, bem como as notícias e campanha eleitoral. Mantenha o foco em seus planos e metas e não invente crise onde não há.
Para tomadores de crédito, sugere-se maior cautela quanto aos juros, pois espera-se novo acréscimo ainda neste ano e continuar no exercício de 2022, mas com acréscimos menores na taxa.
Ao fazer as compras de Natal e mesmo para o Ano Novo, leve em consideração os gastos usuais do início do ano como uniforme e material escolar, IPTU, IPVA e outros, além do cartão de crédito, o qual usualmente tende a ser maior.
Para as empresas, certifique de uma boa campanha de vendas para as festas de final de ano e o prazo médio de pagamento e recebimento, mantendo o fluxo de caixa sobre controle. Havendo necessidade de recursos financeiros extras, certifique-se da real necessidade e do montante e aplique exatamente nos pagamentos ou investimentos previstos.
CUIDADO: Há muitas notícias negativas, as quais podem causar desânimo ou mesmo prostração. Cuide para não trazer a crise para dentro de seu lar ou empresa, mantenha os gastos sob controle e realize os investimentos com parcimônia e criticidade.
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