País aposta muito em ensino superior e pouco em qualificação técnica, aponta Fiesc
Durante a apresentação das prioridades da gestão 2021-2024 à frente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar (foto), disse que o modelo de educa- ção brasileiro “pode estar equivocado” e defendeu um novo formato, com au- mento da qualificação por cursos técnicos. Em meio ao evento, Aguiar anunciou que a Federação vai investir R$ 510 milhões durante esses quatro anos em Santa Catarina, sendo cerca de R$ 360 milhões apenas em ações de educação. “Talvez o próprio modelo de ensino esteja equivocado. Em países desenvolvidos, a participa- ção de pessoas capacitadas em cursos técnicos é bem maior do que no Brasil, percentualmente. Na Áustria e na Finlândia, 74% dos jovens têm capacitação técnica. Aqui no Brasil agora atingimos 18%”, disse. Segundo Aguiar, o modelo educacional brasileiro incentiva que o jovem ingresse diretamente em um curso superior e acaba gerando um descompasso no mercado de trabalho. O resultado é que, por um lado, a indústria sente falta de pessoal qualificado e, por outro, profissionais di- plomados não conseguem encontrar emprego.
“Há um modelo de ensino que faz com que os jovens vão direto para a universidade e deixem de fazer cursos técnicos de qualificação. Vale lembrar que os alunos que saem dos cursos técnicos do Senai têm 95% de empregabilida- de”, afirmou. O diagnóstico é compartilhado por outras lideranças estaduais. Ape- sar disso, o Estado segue investindo forte em ações de ensino superior. Para 2021, a Secretaria de Estado da Educação anunciou R$ 467,3 milhões para custear bolsas em universidades comunitárias, para além dos R$ 520 milhões desti- nados pelos cofres públicos à Udesc.
Em pouco mais de 30 dias, o Sicoob Central SC/RS já liberou mais de R$ 220 milhões em financiamentos para o Plano Safra 2021/2022. A cooperativa de crédito, que é uma das principais fomentadoras da produção agrícola catarinense, tem uma média de R$
70 mil por operação de crédito, segundo o gerente de Agronegócio da instituição, Rodinei Munareto. “O Sicoob sempre foi parceiro de quem produz, trabalhando para oferecer linhas de crédito que estejam ao alcance do bolso de cada produtor, buscando soluções adequadas a cada um", disse. Para esse ano, o Sicoob deve aumentar o volume de recursos liberados para a safra. No país o montante deve passar de R$ 17 bilhões, da safra 2020/2021, para R$ 23 bilhões, nesta safra.
No Rio de Janeiro para negociar melhorias no fornecimento de gás natural para Santa Catarina, o governador Carlos Moisés da Silva e o presidente da SCGÁS, Willian Lehmkuhl, entregaram um ofício ao presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, onde argumentam que a falta de investimento e de atenção com o Estado têm sido um impeditivo ao crescimento econômico. Os catarinenses cobraram medidas urgentes para otimizar a oferta de gás, especialmente na região Sul do Estado, onde uma limitação de transporte editada pela estatal está prejudicando a capacidade de distribuição do energético. Além disso, pediram revisões contratuais para 2022 e 2023 a fim de criar uma ponte segura até a chegada de novos fornecedores.
Nome limpo I
A primeira edição do ‘Feirão SPC Regulariza Seu Nome!’ conseguiu renegociar mais de R$ 1 milhão em dívidas no comércio de Santa Catarina. Organizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC), em conjunto com as CDLs e associados, o evento teve o objetivo de facilitar o acerto entre clientes e lojas, sem burocracia e com desconto mínimo de 50% em juros e multas.
Nome limpo II
“Buscamos auxiliar nas negociações entre lojistas e consumidores, diminuindo a burocracia e buscando
o maior desconto possível para os inadimplentes. As empresas viram na prática a facilidade em participar da iniciativa e estamos orgulhosos pelo trabalho”, disse o presidente da FCDL/SC, Ivan Tauffer. Segundo ele, ao devolver o poder de compra ao consumidor, o comércio retoma os ânimos para as vendas de final do ano.
Nesta quarta-feira (18), a Assembleia Legislativa de SC (Alesc) inaugurou a sala dos prefeitos no Palácio Barriga-Verde. É um espaço criado para servir de acolhida para os mandatários que vem do interior a fim de visitar os deputados. “Por ter sido prefeito em dois mandatos, entendo a importância deste local, um espaço dentro da Assembleia, onde os prefeitos possam, junto ao Parlamento, discutir ideias”, disse o presidente da Casa, Mauro de Nadal (MDB).