Lorota
“É tudo balela”, diz o ranzinza e todo empacotado de blusas, cachecóis, meias grossas. Pai Atanásio garante que na hora que chega uma eleição todo mundo pensa em si e nos seus partidos e apadrinhados, e o que menos prevalece é o amor pela city, debulha o véio, sem muita paciência.
Vergonha
Se valesse mesmo o amor dos políticos por Itajaí, não estaríamos há tanto tempo à deriva de representatividade na leleia e na câmara federal. Pai Atanásio, que viveu em carne o osso o auge da política itajaiense no estado, sabe de cor e salteado essa história.
Vergonha
E isso quando todas as decisões políticas da Santa, Frienta & Bela Catarina passavam por aqui, lasca Pai Atanásio. Ele diz que é uma vergonha o quanto Itajaí é ridicularizada por não se unir em torno de projetos de representatividade para a cidade.
Por que?
Cidades do mesmo porte que Itajaí, como Chapecó, Criciúma, Jaraguá do Sul gozam de alta representatividade entre os deputados estaduais e federais. Por que motivos Itajaí, cuja economia é a segunda do estado e a população é até maior que estas citys juntas, não consegue eleger representantes? Porque é pura lorota esse papo de amor pela city, diz o rabugento! Simples assim!
Contas
A política é uma ciência sem lógica, mas a matemática não! Orientado pelo véio ranzinza coço meu cocuruto devastado pelos 20 anos de labuta, tentando fazer conta em cima de conta, mas não tem como fugir da ideia que para eleger representantes em Floripa e Brasília, nossa cidade comporta no máximo duas candidaturas à leleia e duas à câmara federal.
Oposição...
Naturalmente, essas candidaturas devem ser chanceladas com a união do governo em torno de dois nomes, e da oposição em torno de outros dois nomes.
...e situação
Qualquer grupo político que se atrever a se dividir estará praticando o amor por seus partidos e prováveis carguinhos em detrimento da cidade de Itajaí, pra mim, pro Pai Atanásio, pra Mãe Jacira, pro João do Caminhão, pra Maria da feira não tem nada mais lógico que isso...
Candidatos naturais
Pela aliança de sustentação do governo, é natural que o filho do barbudinho Volnei Morastoni (MDB), o vereador e ex-barbudinho júnior, Thiago Morastoni (MDB), tenha a prerrogativa de concorrer a deputado Estadual.
Força
Isso porque seu pai, o prefeito Volnei Morastoni (MDB), não deve renunciar ao cargo para voos maiores em 2022 e não poderá concorrer à reeleição em 2024. Ou Thiago aproveita a força da máquina agora, ou corre sérios riscos até em sua reeleição para vereador.
Raramente
Não existe outro nome que possa se assanhar pelos lados do governo morastônico a estadual. É natural que neste período chovam candidatos dentro do governo, mas sem peso e consistência. Desistem “por amor aos seus carguinhos e à máquina”. E muitas vezes a pré-candidatura é para barganhar algo. E não é?
Candidatos Naturais 2
Já para a vaga de deputado federal pela base governista, é inequívoco o alinhamento com o empresário e atual primeiro suplente de deputado federal Jorge Goetten (PL). O dono das empresas Minister tomou gosto pelo cargo, fez um bom trabalho quando assumiu a suplência em Brasília e tem fincado o pé na estrada para uma nova empreitada à câmara federal.
Oposição
Já pela oposição, que saiu da eleição com duas grandes estrelas, a missão parece menos árdua, pois as urnas apontaram dois potenciais candidatos em 2022. O ex-vereador atucanado Robison Coelho (PSDB, ainda) que obteve expressivos mais de 46 mil votos para prefeito.
Oposição 2
O outro nome é o vereador mais votado da história da piramidal casa do povo, o galego Rubens Angioletti (Podemos), com mais de quatro mil votos. Pode rolar uma dobradinha com grandes chances!
Quem pensar só eu
Pelos lados dos oposicionistas, não precisa matutar muito, o raciocínio é o mesmo. Quem ficar de birra, com ego exaltado e querer forçar candidatura sem levar em consideração a lógica das urnas, estará demonstrando mais amor a seus partidos e projetos pessoais do que à cidade de Itajaí. E num é?
Recado
É claro que os pretensos candidatos precisam conquistar seus apoiadores, seja na base ou na oposição, mas é inegável que o recado das urnas é a lógica do tabuleiro está clara, debulha Pai Atanásio, correndo pra bebericar um chá quente e se enfiando debaixo das cobertas pra enfrentar a friaca medonha.
Projeto nacional
O presidente nacional do PSD, ex-ministro Gilberto Kassab, estará na sexta-feira na capital manezinha, em uma coletiva em um hotel chiquetoso de Floripa. Kassab vai falar pra jornalistas sobre o projeto nacional da sigla. Após a falação do manda-chuva nacional do PSD, vai rolar um rango para os meninos e meninas da imprensa.