O número de mortes por Covid-19 em Santa Catarina registrou uma queda de 26,9% na pri- meira semana de julho em relação ao mesmo período do mês anterior, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Isso porque a média móvel de óbitos no início de junho erade52pordia,e,no início de julho, chegou a 38. Os números ainda serão revisados pela SES, mas apontam para queda no volume de mortes pela doença no Estado.
Os dados estão melhores do que a própria Secre- taria esperava. Segundo boletim semanal da Covid, a projeção inicial para os primeiros dias de julho era média de 45 óbitos por dia, sete a mais do que o apura- do. A pasta também previa aumento de óbitos em oito das 16 regionais de saúde, mas apenas seis tiveram crescimento real. As outras dez estão em estabilidade ou queda.
"Nós fizemos projeções e na realidade tem dimi- nuído o número de casos e óbitos, principalmente por conta de fatores externos que ainda não estão men- surados por essa projeção,
que são o efeito da vacina- ção e a adoção de medidas de prevenção, como o distanciamento. Com isso, as previsões acabam sendo superestimadas", disse o superintendente de Vigi- lância em Saúde da SES, Eduardo Macário.
A redução das mortes ocorre justamente em meio ao inverno - período con- siderado mais complicado para síndromes respirató- rias como a Covid - e após alardes de possível terceira onda da doença. Para o secretário deEstadoda Saúde, André Motta Ribei- ro, o avanço da vacinação é uma das principais razões para a queda dos indica-
dores e os resultados da imunização "são visíveis". "O que nós sabemos é que a faixa etária [dos doentes e internados] mudou. Aque- les que foram vacinados lá no começo estão prote- gidos. A gente vê pouca notícia hoje de profissional de saúde adoecendo ou falecendo, idosos também", acrescentou.
A retração nos óbitos também é consequência da queda de casos ativos. Esse número era de 21,6 mil na primeira semana de junho e passou para 18,6 mil, no início de julho, segundo dados da SES. A queda é de 13,8%. No mesmo sentido, as internações de pacientes por síndrome respiratória aguda grave caíram 8,6%: passaram de 1,9 mil por semana para 1,7 mil por semana, de junho para julho.
"Em comparação com o pico que deu em março... o que tivemos aqui foi terrível. Agora a gente está muito contente. É claro que gostaríamos que ninguém mais [morresse], mas ainda tem casos bem graves. A gente está com muita esperança que aos poucos a gente consiga superar", disse a presidente da Fe- deração das Santas Casas, Hospitais e Entidades Fi- lantrópicas de SC (Fehosc), Irmã Neusa Luiz.
Produção industrial de SC cresce e puxa mercado de insumos
A produção industrial catarinense cresceu 26,7% entre janeiro e maio
na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o IBGE. Segundo o Obser- vatório da Indústria da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), após atingir ápice em janeiro de 2021, a atividade produtiva entrou em ciclo de queda. Os motivos são o agrava- mento da pandemia com medidas de restrições, somadas ao fim do auxílio emergencial, morosidade na vacinação, dificuldade de acesso a insumos e in- flação, principalmente em março e abril. A expansão na atividade nacional após esse período pode ser um indicativo de melhora no nível de atividade indus- trial para os próximos meses, diz o Observatório.
A recuperação reflete na procura por insumos, como o gás natural, que registra sucessivos re- cordes de consumo no Estado. “O setor industrial é o principal consumidor de gás no Estado. Atu- almente, 324 indústrias catarinenses utilizam o insumo em seus pro- cessos produtivos. Este crescimento no consumo em 2021 mostra que as indústrias catarinenses estão em ampla recupera- ção, após a crise causada pela pandemia”, afirma o presidente da SCGÁS, Willian Lehmkuhl.
DESVALORIZAÇÃO
Após consecutivos recordes de preço dos grãos em Santa Catarina em 2021, o mês de junho registrou desvaloriza- ção das principais produções catarinenses. A saca de 60 kg de soja caiu 8,5% e chegou a R$ 164. O milho retraiu 7,5% e foi vendido a R$ 98 a saca. E o arroz desvalorizou 4,9% e cus- tou R$ 110 o fardo de 30 kg. Os dados são da Epagri. Apesar das retrações, o patamar de preços ainda está bem acima dos anos anteriores. Na comparação com 2020, o aumento ultrapassa 100% em alguns casos. Entre os motivos da manutenção da alta de preços, estão o frio brasilei- ro, o clima desfavorável para a produção nos EUA e a demanda chinesa de graõs.
Santa Catarina terá feirão limpa nome em julho
Os consumidores com dívidas no comércio já podem se programar para o maior evento de rene- gociação de débitos da história de Santa Catarina. Serão 10 dias, entre 29 de julho e 7 de agosto, do ‘Fei- rão SPC Regulariza Seu Nome!’, organizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC), em conjunto com dezenas de CDLs de todo o Estado e associa- dos. “É uma oportunidade única para os clientes e empresas do varejo cata- rinense, principalmente em tempos de pandemia e crise”, diz o presidente da FCDL/SC, Ivan Roberto Tauffer. O Feirão está recebendo adesões dos comerciantes, que podem se inscrever na CDL de sua cidade. Somente as empre- sas inscritas no programa SPC Regulariza poderão participar. "Uma vez ca- dastradas, as dívidas serão inseridas no sistema do evento, com as condições oferecidas para renegocia- ção aos interessados em quitar os débitos", afirma. Para os consumidores, a vantagem é conseguir descontos a partir de 50% em juros e multas.