Nada Republicano
Pai Atanásio, que não morre de amor por político nenhum, me garantiu que os três edis se uniram, sob as bênçãos de seus dois presidentes de partidos, para impor uma série de dificuldades ao barbudinho Volnei Morastoni, mas que tudo ficaria bem se pingassem as nomeações de seus chegados para carguinhos no governo. Pai Atanásio, de espírito presente nas reuniões com o prefeito, garante que os pedinchos do trio não são nada republicanos. Quem duvida?
Controle
“A conta foi simples, nêgo, os três vereadores, somados aos seis da oposição, fizeram a eleição da mesa diretora e ocuparam a maioria das vagas nas comissões. Marcelo Werner de presidente e Chris e Mamão nas duas principais comissões da casa mandam e desmandam nos trabalhos. Só não contavam que a espaçosa Anna Carolina (PSDB) ia querer mandar mais que eles”, ironizou pai Atanásio no final da análise.
Egos
O pai Atanásio, que também erra, é bom lembrar, chegou a prever uma briga de egos jornalísticos entre o galego Rubens Angioletti (Podemos) e o radialista Osmar Teixeira (Solidariedade), por terem perfis similares “do povo, para o povo e pelo povo”.
Tirou onda
Fui dar uma retrucada no pai Atanásio, pois até agora a convivência dos dois tem sido pacífica, o malcriado tirou onda: “Tu nascesse de cinco meses é quirido? Espera chegar a eleição pra deputado pra tu ver quem vai varrer mais rua, pregar mais ponte e fazer mais selfie e vídeo por aí...”. Então tá né, fica registrado o prognóstico.
Prazo de validade
Também falando do Osmar Teixeira (Solidariedade), pai Atanásio me alembrou que cargos no governo e discurso de independência, que vota conforme sua consciência, sem pressão e como o povo quer, nunca combinaram. Uma hora alguma coisa vai cair: o discurso bonito ou os cargos impiçados, sentenciou o véio Atanásio.
Discretos
Questionei Pai Atanásio sobre os vereadores Fábio Negão (PL) e Maurílio Moraes (PP), que muito pouco aparecem nos sonhos e prognósticos. Como não poderia ser diferente, resposta mal educada: “Não queres o Kimassa de volta né? Pelo menos os dois participam das discussões e apresentam projetos né, são discretos, mas estão ali se esforçando”. Pior que o danado tem razão. Kimassa não deixou saudades nenhuma e em quatro anos abriu a boca duas vezes, no máximo.
Cara-crachá
Falando em Kimassa, pai Atanásio me lembrou que desde a eleição da Célia (MDB) em 2016 já previa que a vereadora, filha do Elói, faria o serviço de cara-crachá do governo. Agora, na condição de suplente, não vai ser diferente. “Se não mijava fora do penico sendo titular do mandato, na condição de suplente tu achas que vai sair algum coelho desse mato?”, cravou.
Suplentes e suplentes
Mas pai Atanásio reconhece que “há suplentes e suplentes”, cada um tem uma personalidade. Quem não se lembra do Beto Cunha (PSDB), no mandato passado, que mesmo estando no lugar do Dedé da Murta, que se licenciou da piramidal para ser secretário de Obras, votou com a oposição na maioria das vezes, constrangendo o titular da cadeira.
Filme repetido
Pai Atanásio deu risada quando novamente Dedé da Murta (DEM) se licenciou da câmara e deixou a cadeira para uma suplente com personalidade forte. É filme repetido, zombou pai Atanásio, quando o Dedé (DEM) saiu da câmara e abriu vaga para acelerada e opiniosa Aline Aranha (DEM).
Final diferente?
O que Pai Atanásio não contava é que o filme repetido, até agora, parece ter final diferente. Isso porque a acelerada Aline tem se mostrado fiel ao governo nas votações. Amarelou na hora de votar na Emenda à LOM contra o Nepotismo (absteve-se, que chato) e chegou a tentar nomear o namorido como chefe de Gabinete. “Ah se a Aline soubesse que o Dedé não suporta a ideia de ser vereador e que o Beto ficou três anos e meio como queria na câmara. A Aline pode mais!”, concluiu Pai Atanásio.
Confidências
Mesmo lembrando que não morre de amor por político nenhum, pai Atanásio me fez uma confissão: “rapaz, tu acreditas que, às vezes, me dá umas saudades do Níkolas, do Robison e do Pegorini”. Questionado sobre o sentimento, o véio respondeu na lata: “eles faziam confusão, mas com conteúdo, não era na base dos berros”. Então tá...
Desembarque
Na Dubai Brasileira o PDT local está em franco esvaziamento. Depois de largar o governo do prefeito pop star, Fabrício Oliveira (Podemos), o partido sofreu baixas importantes, candidatos a vereador em 2020 que, juntos, somaram 1500 votos. Na última terça-feira o partido sofreu novas baixas, de lideranças comunitárias como Débora Veber, que presidia a associação da mulher trabalhista.
Descontentes
Os filiados brizolistas não estão contentes com a atuação da atual executiva do partido na Dubai. Alguns consideram o presidente atual, Rodrigo Talevi, fraco e que ele é teleguiado pelo ex-presidente, Allan Schroeder, que deve voltar a comandar o partido em julho. A formação da nova executiva é um dos nós que anda levando os pedetistas para fora do ninho. Os jovens dirigentes são acusados de totalitarismo.