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Por Coluna esquinas -

“Põe o casaco, vai esfriar!”


Diga aí, quem nunca ouviu isso da mãe, de uma tia ou da madrinha? Frases que nos seguem pela vida e lá estamos nós, vestindo o casaco para sair na noite com aquela frase martelando nos pensamentos e, no agito da balada, ainda temos um casaco para dar conta. Putz!

Indiscutível é o poder das palavras e a força que exercem em nossa formação como pessoas.  Civilizações tradicionais, místicas ou religiosas dão às palavras o status que lhes é merecido. “No princípio era o verbo”. Palavras são veículos de criação, cura ou de poderes mágicos.

Nós, que usamos o alfabeto latino, tão cheio de palavras dúbias, significados efêmeros e frases pragmáticas, não conseguimos atingir a força das palavras pela vida. Rimos do tratamento que povos do extremo oriente dão às palavras ou desmerecemos o que um indígena diz sobre essa força da fala, e tornamos exóticos os povos africanos e suas palavras cantadas. O fato é que nós, ocidentais, usamos a palavra apenas como efeito de comunicação e tão somente isso.

A palavra é tão poderosa que algumas religiões pedem que se use o silêncio para evitarmos atritos, guerras ou confusões. O silêncio faz um barulho que só.

Mas não são as palavras o assunto central de nosso papo aqui na ESQUINA, hoje. O papo é sobre educação de crianças. Tenho filhos meninos e convivo com crianças já por três décadas. Isso ensina o adulto aqui que não é qualquer frase que pode ser dita. Cada frase vai construir um humano à imagem e semelhança das falhas dos seus pais e mães. A palavra cria realidades sim.

Frases como “homem não chora” ou o seu desdobramento “pare de chorar por essa bobagem” podem ser trocadas por “vou ficar com você enquanto você está chateado.”

“Você me cansa” pode ser trocada por “não há nada mais importante que estar com você agora.”

“Aprenda a fazer as coisas por você mesmo, porque eu não vou estar aí a vida toda para te ajudar,” pode ser trocada por “Estou aqui do seu lado” .

E se trocarmos “seu irmão faz isso muito melhor do que você” por “eu sei que você vai descobrir como fazer isto”; “na sua idade, eu fazia isso aí sozinho” por “vem comigo e vamos tentar outro modo de fazer isso”; “se você não tirar boa nota, não vai passear” por “eu queria que não fosse tão difícil, vamos estudar juntos?”

Prefiro deixar meus pensamentos em palavras que criam confiança. E às vezes prefiro também dar uma chance ao silêncio.

Fica a dica:

O documentário Crianças Invisíveis (2005), de vários diretores  é  um longa-metragem em episódios sobre a infância em diversos países.


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