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Já vi essa história em outra história


As cores da ficção oferecem, aos nossos olhos, um sentido distorcido de realidade.

Relembremos dos livros didáticos, que educaram muitas gerações antes da nossa e outras tantas que vieram depois. Se a pergunta feita aqui fosse sobre fatos da história do país – primeira missa, independência, república ou escravidão – imediatamente formaríamos imagens em nossos pensamentos que se são as mesmas, independente de nossas classes sociais, idade ou regiões. Quem nunca viu o quadro do catarinense Victor Meireles, com o tema da primeira missa no Brasil, com índios nas margens e um padre vestindo branco em um altar que ocupa o centro da pintura? Pois é, a escola nos deu representações pré-formatadas da identidade de um certo país. 

Diz aquele velho ditado que quem conta um ponto aumenta um ponto. Estamos diante de uma pandemia, bem sabemos, mas também estamos diante de mais uma campanha de manipulação da realidade que afeta todos os campos da vida.

O sistema de consumo sabe bem que é muito mais fácil controlar a vida com publicidade do que com violência. Tornou-se muito mais eficiente criar indivíduos que consomem do que seres subjugados pela força. Somos livres, contanto que consumamos. O fato é que as leis de mercado conhecem a gente mais do que a nós mesmos. Falamos ou pesquisamos algo nas redes sociais e lá está, no dia seguinte,  uma promoção direcionada a você.

Mas o que tem a ver a história manipulada desse país com publicidade? Conto.

Ao conhecer nossas necessidades materiais e emocionais, o sistema de consumo joga com elas. Há uma sutil propaganda que tem estimulado o esquecimento de nosso sentido de vulnerabilidade para voltarmos a pensar no carro do ano, no celular de última geração ou na bebida da moda. Parece só haver um mundo possível.

Essa pausa na correria em busca do sucesso, grana e um lugar ao sol trouxe, indubitavelmente, a possibilidade de que enxerguemos um outro (e possível) mundo. Não pensem que sou otimista a ponto de achar que as pessoas ficarão melhores. Não, não...Falo que estamos tendo uma oportunidade de ver outro possível modo de viver, o que não significa que todos perceberão que a vida é mais importante do que um produto novo comprado.

Cultivar a vida, a simplicidade, alimentos saudáveis, silêncio, aproveitarmos nosso tempo com aqueles que amamos, ler, ouvir música, dançar, contemplar a lua ou até mesmo relaxar é perturbador ao sistema de consumo. A publicidade tem feito um esforço imenso para que desejemos a “normalidade”. Essa que foi a culpada pelo lugar tenso em que estamos.

O consumo é um emoji sorrindo que dá a sensação de que compramos a felicidade.

Fica a dica, o filme: Obrigado por Fumar (Direção: Jason Reitman. Ano: 2005) que mostra estratégias publicitárias para defender o que parece ser “indefensável”.


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