Colunas


Artigos

Por Artigos -

Tudo sobre feminicídio


Seis mulheres morrem a cada hora em todo mundo vítimas de feminicídio. O Brasil é o quinto país em morte violenta de mulheres no mundo. Feminicídio se refere ao assassinato de mulheres e meninas por questões de gênero, ou seja, em função do menosprezo ou discriminação à condição feminina. Trata-se de um crime de ódio no qual a motivação da morte precisa estar relacionada ao fato de a vítima ser do sexo feminino.

O Brasil só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. Em comparação com os países desenvolvidos, aqui se mata 48 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão e a Escócia.

O Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça mostra que o número de mulheres assassinadas aumentou no Brasil. Entre 2003 e 2013 passou de 3933 casos para 4762 mortes. Só em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país.

No período colonial e até o século 19 vigorava no Brasil um conjunto de bens que punia e provava a execução de uma mulher adúltera. Era lícito ao homem casado matar a esposa em flagrante delito pelo argumento de defesa da honra. Assim a justiça absolveu maridos assassinos.

A partir de 2015 o Brasil alterou o Código Penal Brasileiro e incluiu a Lei 13104 que tipifica o feminicídio como homicídio, reconhecendo o assassinato de uma mulher em função do gênero. O crime de homicídio prevê pena de 6 a 20 anos de reclusão. No caso de feminicídio ele é considerado hediondo. A punição é mais severa, parte de 12 anos de reclusão. Até metade do século 20 eram comuns situações em que maridos assassinavam suas companheiras e recebiam penas brandas por alegarem crimes passionais e a defesa da honra. Esses crimes seriam motivados “por amor” ou uma forte paixão induzindo o réu a eliminar a vida da vítima. Tramitam no judiciário mais de 10 mil processos de feminicídio que aguardam julgamento. No Brasil as maiores vítimas são negras e jovens com idade entre 18 e 30 anos. A taxa de assassinatos de mulheres negras aumentou 54% em 10 anos.

Lei Maria da Penha

Três em cada 10 mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses, seguida de ameaça e violência física. Em 61% dos casos o agressor é conhecido da vítima, sendo principalmente ex-companheiros. A lei 11.340|2006 conhecida como Lei Maria da Penha é o principal marco jurídico na defesa da mulher. Antes dela havia a ideia popular de que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher.

A Lei Maria da Penha tipifica as situações de violência doméstica. Ela inclui tanto as formas de violência física como doméstica (quando a agressão ocorre dentro de casa) e a psicológica como calúnia, difamação ou injúria contra a honra ou a reputação da mulher. O agressor pode ter uma pena de um até três anos de prisão e o estado determina o encaminhamento das mulheres em situação de violência, assim como de seus dependentes a programas e serviços de proteção e assistência social.


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

Leia mais

Artigos

Aniversário da praça dos Correios

Artigos

O novo Plano Diretor de Itajaí só tem vencedores

Artigos

Nota de Repúdio: Ao descabido ataque ao jornalismo impresso 

Artigos

A última carta para minha vó Maria

Artigos

Como o Plano Diretor de 2006 mudou a história de Balneário Camboriú

Artigos

APA de Itajaí: sustentabilidades social, ambiental e econômica devem andar juntas

Artigos

Seis meses de transformações para SC

Artigos

Agê será inesquecível

Artigos

O que é shark Finning?

Artigos

Competitividade portuária: é hora de agir

Artigos

Dia Mundial do Meio Ambiente: uma reflexão necessária

Artigos

O(a) novo(a) desembargador(a) do TJSC

Artigos

Energia para a vida

Artigos

Carta ao povo catarinense

Artigos

Uma nova energia para Santa Catarina

Artigos

Bicentenário de Itajaí e do Curato do Santíssimo Sacramento

Artigos

Mais do que simplesmente existir

Artigos

Escultura Santa Ceia de Ervin C. Teichmann, prevista para a Igreja Matriz, está sendo oferecida a Itajaí pelo filho do escultor

Artigos

Não queremos viver numa pátria dominada pela bandidagem

Artigos

Marco do sesquicentenário do município destruído



Blogs

A bordo do esporte

Fórmula E e FIA revelam novo carro GEN3 EVO

Blog da Ale Francoise

Sintomas de Dengue hemorrágica

Blog da Jackie

Cafezinho na Brava

Blog do JC

David é o novo secretário de Educação de BC

Blog do Ton

Amitti Móveis inaugura loja em Balneário Camboriú

Gente & Notícia

Warung reabre famoso pistão, destruído por incêndio, com Vintage Culture em março

Blog Doutor Multas

Como parcelar o IPVA de forma rápida e segura

Blog Clique Diário

Pirâmides Sagradas - Grão Pará SC I

Bastidores

Grupo Risco circula repertório pelo interior do Estado



Entrevistão

Juliana Pavan

"Ter o sobrenome Pavan traz uma responsabilidade muito grande”

Entrevistão Ana Paula Lima

"O presidente Lula vem quando atracar o primeiro navio no porto”

Carlos Chiodini

"Independentemente de governo, de ideologia política, nós temos que colocar o porto para funcionar”

Osmar Teixeira

"A gestão está paralisada. O cenário de Itajaí é grave. Desde a paralisação do Porto até a folha sulfite que falta na unidade de ensino”

TV DIARINHO

A BR 101 em Itajaí registrou dois acidentes em menos de uma hora. Dois caminhões tombaram na noite de ...



Podcast

Dois caminhões tomam em menos de uma hora

Publicado 25/04/2024 19:18


Especiais

NA ESTRADA

Melhor hotel do mundo fica em Gramado e vai abrir, também, em Balneário Camboriú

NA ESTRADA COM O DIARINHO

6 lugares imperdíveis para comprinhas, comida boa e diversão em Miami

Elcio Kuhnen

"Camboriú vive uma nova realidade"

140 anos

Cinco curiosidades sobre Camboriú

CAMBORIÚ

R$ 300 milhões vão garantir a criação de sistema de esgoto inédito 



Hoje nas bancas


Folheie o jornal aqui ❯








MAILING LIST

Cadastre-se aqui para receber notícias do DIARINHO por e-mail

Jornal Diarinho© 2024 - Todos os direitos reservados.
Mantido por Hoje.App Marketing e Inovação