Pingando nos Is
Por Pingando nos Is -
Ius dormientibus non sucurrit! (2)
O Diário do Poder, de responsabilidade do jornalista Cláudio Humberto, noticiou no último dia 13, ter a revista Nature publicado estudo coordenado pelo cientista Guido Ceccherini, do Centro Comum de Investigação, da Comissão Europeia em Ispra (Itália), indicando que só no ano de 2018 o desmatamento, na União Europeia, cresceu 69%.
O trabalho do cientista concluiu que a devastação na Europa está ligada à “recente expansão dos mercados da madeira”, que aliás é rival da madeira da Amazônia. Informa, também, que a área de florestas europeias preservadas mal chega a 30%, isto se aí forem incluídas as áreas de reflorestamento. O Brasil preserva 70% das suas florestas.
E mais, imagens de satélite revelam que a área devastada na Europa deve afetar a biodiversidade, provocar erosão e ameaçar mananciais (fontes d’água). Revela que as maiores concentrações florestais são encontradas apenas na Suécia, Finlândia, França e Alemanha.
Entretanto registra que só na França o desmatamento cresceu 30% no período, fato que escapa da apreciação da imprensa portuguesa que se ocupa em reverberar as quizilas brasileiras e também esquecendo que o desmatamento luso cresceu 56% no mesmo período.
A respeito deste assunto, “o desmatamento na União Europeia”, a grande mídia nacional tem se mostrado silente, em que pesem as constantes alegações dos países europeus ao justificar a redução de suas “compras de produtos brasileiros”, especialmente aqueles oriundos do agronegócio, pois tal produção estaria incentivando a devastação das florestas, principalmente a amazônica.
A intensa “pressão” estrangeira levou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a declarar, em mais uma resposta a quem culpa o setor pela devastação da maior floresta tropical do mundo: “O agronegócio não precisa da Amazônia”.
A ministra tem razão quando aponta motivações comerciais no debate sobre a política ambiental brasileira. Não se trata só disso, mas é claro o envolvimento de grupos protecionistas, especialmente na Europa.
No Brasil, o agronegócio modernizou-se, nas últimas décadas, sem precisar da Floresta Amazônica. Na atual safra de grãos e oleaginosas, estimada em 250,5 milhões de toneladas, a contribuição da Região Norte é de 11,2 milhões e a do Estado do Amazonas, de 41,7 mil.
Tudo isso ocorreu graças à pesquisa e à melhora das práticas de uso e de conservação de solos. Ciência e tecnologia, aplicadas com seriedade e competência, transformaram o Brasil num dos maiores produtores de alimentos e de matérias-primas de origem agropecuária. As colheitas cresceram muito mais que a área plantada, graças aos ganhos de produção por hectare nas lavouras de soja, milho, arroz, feijão, algodão, amendoim e trigo, e também nos cultivos de café, açúcar, mandioca e frutas.
Por denunciar uma atuação estrangeira contra a economia brasileira valendo-se da colaboração de falsos nacionalistas cooptados a peso de ouro, fica o alerta:
Ius dormientibus non sucurrit!
ACORDA BRASIL!