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Histórias que eu conto

Por Homero Malburg -

Homero Bruno Malburg é arquiteto e urbanista

Aviação II


Reynaldo Wanderhec viu a queda de dois aviões (foto: arquivo diarinho)

Fiquei surpreso com a repercussão que teve meu artigo sobre a aviação em Itajaí. Julgava ser um dos poucos aficcionados pelo tema, mas pelos comentários e histórias que me contaram, chego à conclusão de que o avião tem muitos fãs.

O Gunter Deeke, piloto brevetado, voou durante 16 anos e chegou a ter seu próprio avião no Aeroclube. Completou-me ele a história de TABA, empresa de transportes aéreos agenciada pela Samarco que, com dois hidroaviões Catalina amerissava no rio Itajaí-Açu. Seu tio, comandante Ebérius, um dos proprietários, em 1949 ao descer em Iguape bateu em um banco de areia espatifando o avião. Seu sócio, comandante Torres, decolou do Rio para socorrer os sobreviventes em um DC-3 que ao pousar em Iguape também se acidentou destruindo o avião. Este dia marcou o fim da TABA.

Dona Elisabeth Kleine contou-me há anos que em seu tempo de aeromoça, quando o DC-3 atravessava tempestades, chovia por tudo o que era fresta. Ela então corria para tentar vedá-las com guardanapos de papel.

Odilon Fehlauer também relatou-me inúmeras histórias de aviação de seu tempo em Erechim.

Reynaldo Wanderhec, por anos despachante no aeroporto da Barra do Rio, contou-me que, no seu tempo, dois aviões lá caíram, ambos na descida. Um deles ao fazer a curva para descer na pista que tinha sua cabeceira onde é a Itasul, inclinou demais a asa fazendo com que ela se chocasse contra a barranca do rio. O DC-3 caiu e morreram duas pessoas. Outro avião, por falta de freios, foi atolar-se no “pirizal” na cabeceira da outra pista, onde hoje está a Quaker, felizmente sem vítimas.

Naqueles tempos ele só tinha energia elétrica na estação de passageiros, onde hoje está a Celesc. Isto o levava a iluminar a pista após o pôr do sol, com lampiões a querosene. Uma tarefa ingrata: distribuir cerca de oitenta lampiões acesos ao longo da pista, sempre que fosse esperado um avião. As luzes das cabeceiras eram vermelhas, as demais, brancas. Conta-nos que por muitas vezes, ao completar o serviço, viam de longe algumas luzes “pulando” no escuro. Eram os moradores do Imaruí que, sem luz em casa, roubavam os lampiões e saíam correndo...

Bruno, meu filho, viajou a Buenos Ayres semana passada. Ao chegar, perguntei a ele com que tipo de avião tinha viajado. Respondeu-me: “Não sei. Só notei que tinha três poltronas em cada lado do corredor. O avião da ida era muito apertado, o da volta, mais folgado”. Bem se vê que neste assunto, não “puxou” ao pai....


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